quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Bióloga Que Teve Perna Arrancada Por Jacaré Volta à Amazônia!

Fazia tempo que queria fazer post!
Mais uma ídola para minha coleção...Deise Nishimura!


O Orgulho:

   Menos de um ano após ter a perna arrancada por um jacaré na Amazônia, a bióloga paulista Deise Nishimura, 25 anos, volta nesta segunda-feira para o local onde foi atacada. Ela vai retomar sua pesquisa com botos cor-de-rosa da região.

O Caso:

   Em 30 de dezembro, quando limpava peixe na varanda da casa flutuante onde morava, em uma reserva florestal isolada no Alto Amazonas, foi atacada por um gigantesco jacaré-açu.
   A região tem uma dos maiores populações desses répteis do Brasil, com cerca de 90 animais por habitante. O jacaré-açu, que é o maior predador da América do Sul e pode chegar a seis metros de comprimento, pulou cerca de um metro para alcançá-la. O bicho a levou para o fundo do rio --com aproximadamente três metros de profundidade-- e arrancou sua perna.
   Deise só conseguiu escapar porque se lembrou de um documentário que havia visto na televisão.
   "Eles falavam que a parte mais sensível do tubarão era o nariz. Eu imaginei que também fosse assim com o jacaré. Então, quando e encontrei duas aberturas na cabeça dele, que eu não sei se eram os olhos ou o nariz, apertei com toda força", diz.
   Já refeita do susto, ela fala em tom de brincadeira: "Foi com tanta força que eu até quebrei minha unha."
   Depois de se livrar do animal, a bióloga conseguiu se arrastar com dificuldade até o deque onde ancoravam os barcos e gritou por socorro durante alguns minutos. Em vão. Ninguém estava por perto.
   "Quando eu percebi que a água estava muito vermelha por causa do sangue, imaginei que poderia atrair mais jacarés. Tinha de sair dali."
   Ela precisou se arrastar mais até a casa e pedir socorro por rádio. Cerca de 15 minutos depois, dois guias de uma pousada local apareceram para socorrê-la.
   "Até aquele momento, graças à adrenalina, não estava sentindo dor. Só começou a doer mesmo quando eu já estava no barco, já a caminho do hospital."

O Fim do Jacaré:

   O jacaré que atacou a pesquisadora era conhecido no rio. Deise já havia tirado algumas fotos do animal, que costumava dormir bem embaixo da casa flutuante.
   Ao ficarem sabendo do ataque, moradores de uma comunidade ribeirinha da região mataram o animal e recuperaram a perna da cientista. Mas, pelo tipo de lesão e pelo tempo passado desde o ataque, os médicos decidiram não a reimplantar.

O Final Feliz:

    Apesar do trauma, Deise fala com tranquilidade, normalmente sorrindo, sobre o episódio.   
   "Ainda estou aprendendo a fazer as coisas, realmente me adaptando à nova realidade. Às vezes não é fácil, mas eu não quero que sintam pena de mim. Quero ser um exemplo de superação", diz a cientista.
   No fim de semana, ela foi ovacionada ao contar sua história em uma das palestras do TEDx Amazônia, um evento que reuniu mais de 400 pessoas e 50 palestrantes em Manaus.
   Foi a primeira vez que a bióloga retornou à Amazônia desde o incidente.
   Nessa segunda-feira, ela volta para o local do ataque, onde ficará mais um mês trabalhando com o monitoramento de botos cor-de-rosa.
   Ela tem planos de voltar definitivamente para a reserva onde foi atacada.
   "Os meses que eu passei na Amazônia foram os melhores da minha vida. Eu estava muito feliz. Quero muito voltar a viver na natureza."
   Ela não descarta a possibilidade de também começar a estudar jacarés. "Eu com certeza não recusaria a oportunidade de estudar esse animal tão interessante."

Fonte: Folha

Pah :)

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